Happy ending
Pequena história que um amigo me conta ao jantar. Não sem antes ter frisado que da mesma não se orgulhava particularmente, pelo que vou esconder a respectiva identidade.
Ele e a sua mais que tudo vão certa noite ao Quarteto, cujas sessões, como os habituais frequentadores saberão, não têm lugares marcados.
A mais que tudo compra os bilhetes e passa-os ao seu mais que tudo. O mais que tudo olha para o bilhete e faz-lhe notar, controlando o iminente acesso de fúria, que ela tinha acabado de comprar bilhetes para a sala do lado, onde passava o filme mais reles da história recente do mítico e vetusto cinema lisboeta.
Quem o conheça, há-de ter notado que a entrada de cada um dos pares de salas é comum. Pois o meu amigo tranquilamente entrega o bilhete ao porteiro e faz, passada a barreira, um pequeno desvio para a sessão cinematográfica pretendida. A custo, lá encontra um par de lugares disponíveis, embora não perfeitos, dada a visão um pouco lateral da projecção. Mas servia.
Passados uns minutos, outro casalito entra na sala. Procura lugar, procura lugar, procura lugar e nada. Visivelmente irritado, o sujeito chama o porteiro e este, visivelmente atrapalhado, depois de percorrer a sala com a sua lanterninha, lá acaba por arranjar um banquito de madeira para a senhora, sentado-se o queixoso no degrau. Situação insólita, mas, que diabo, tudo está bem quando acaba bem.
2 comments:
Agora que sei os protagonistas, parece que mesmo estou a ver a peça...
Zé, foste tu que ficaste na escada?
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