25 de agosto de 2010

Retalho

Quando o último carro se esconde, por detrás da tenda da noite, quando o metro prepara o seu vaivém nas profundezas da Pontinha, quando em Santa Maria o grito da sirene se cala e o primeiro ainda é futuro, quando a Alameda se aclara concedendo o descanso à prostituta, quando à sombra do Parque os delitos estão cometidos e o assassino lava as suas mãos, quando o feirante se levanta a caminho de São Vicente, quando o astro de Oriente tinge a Palha de cobre, então, sem que a cidade dê por ele, como um sopro ligeiro no céu ainda puro, passa o anjo esquecido do mistério.

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