28 de setembro de 2007

Olhá passadeira!


À beira de atravessar a rua, ao meu lado uma filha pergunta à mãe:
"- Mãe, para que servem estas riscas na estrada?
- Querida, estas riscas chamam-se passadeiras e servem para as pessoas atravessarem a rua. Aqui os carros andam mais devagar e param para as pessoas passarem.
- Ah... Então porque é que as ruas não são todas às riscas?"
Bom fim de semana.
Post-templatum (dirigido a um público restrito, como, aliás, todo este blogue):
Em precedentes templatae, escrevi que me ensinaram a estar calado e que aprendi a não arrotar posts de pescada. Pois, olhe que não, shôr Ogait, olhe que não, fala-me a consciência. Nunca mais faço trocadilhos infantis sobre pedras e rolinhos e... coisos.

Read more...

27 de setembro de 2007

As iludências aparudem

Diz o chefe do eixo do mal que lá não há invertidos.
Olhe que é capaz de haver, seu ai-a-tola.
Só que usam burka.

Read more...

26 de setembro de 2007

Vozes e Ecos


Sim, o rapaz da esquerda, tão mimoso e bem conservado, resguarda-se por vezes cauteloso na oitava abaixo e no registo jazístico. O rapaz da direita, esse, já usa o lábio inferior à Churchill, enquanto sola (mas que lá que sola bem o rapaz, ai lá isso sola) para descanso do rapaz da esquerda, quiçá uns minutos mais do que, em condições normais, uma certa audiência toleraria. Sim, o rapaz do meio... bem, quanto ao rapaz do meio, será talvez bem avisado não tecer qualquer comentário, não vá esta posta dar azo a tiradas humorísticas de um fino calibre, a manter no estreito círculo de quem me acompanhou ao evento. É que a prosa, uma vez escrita, pode dar em cardo, e se é certo que post que não mata, engorda, de quando em vez, dizem, ele há que pensar no que escrevemos e partilhamos.

Adiante, que já se faz tarde.

Ouvimos, a caminho, bem instalados num carro muito simpático, que até parecia que ria, a mesma música, ad nauseum. Lembrámos lanches de omoletes, de fiambre uma, de queijo outra, regadas a zeniatta mondata. Recordámos a nossa breve carreira de actores, todos secundários (e não é que o concerto maliciosamente abriu ao som do "Get Up, Stand Up"?). Rememorámos as cantorias no metro de Paris (ó Collina, o que estavas tu a fazer em casa, pá?). Levemente pedrados pelos rolinhos feitos no tal simpático carro, tivemos visões de duendes. Debatemos a blogosfera. Dançámos. Dissemos adeus aos bifes industriais e jurámos a partir daqui só cear em bares que se assumam como de outro tempo.

E, nem parece verdade, vimos mesmo os Police. E as suas vozes ainda ecoam na cabeça, trazendo à memória as coisas que eles nos dizem.

Read more...

20 de setembro de 2007

Moral da história

Do dia de hoje retiro duas novas lições de vida:
1. Não mais falar de boca cheia;
2. Não mais arrotar posts de pescada.

Read more...

Mentes brilhantes

Já que estou numa maré de auto-punição, queria apresentar o meu modesto pedido de desculpa ao nosso Governo pelo infantil e despropositado post de 12 de Setembro último, parvamente intitulado "Diálogo era com o outro". É que li hoje no Público que o governo chinês se prepara para reduzir substancialmente os apoios ao governo do Zimbabué. Como sempre, a real politik tem os seus efeitos positivos, que o comum dos mortais está longe de vislumbrar. O governo não recebe o Dalai Lama (mas ele há sempre o Presidente da Assembleia para evitar o vexame total - e só a paciência infinita de um Dalai Lama para aguentar mais de dez minutos de conversa com o batráquio monocórdico do Jaime Gama) e o Mugabe fica sem dinheiro para a passagem de avião para Lisboa.

Read more...

Ogait Lagaffe


Isto de me arvorar por vezes (poucas, garanto, mas ainda assim em excesso) em bófia de costumes dá nisto.
Dirijo-me meio ensonado ao balcão de um mui tipicamente lisboeta estabelecimento pasteleiro para a minha dose matinal de cafeína, acompanhada do pastelito de nata de duvidosa qualidade, para disfarçar.
Eis senão quando, entre uma mastigadela e um sorvo, mesmo ao meu lado direito e a uns bons 80 centímetros abaixo do meu fraco ouvido, uma delicada voz feminina pede ao bigodudo empregado:
"Queria uma bica e um Marlboro Lights, por favor".
Um pouco perturbado com tão precoce queda para o veneno, não resisto e, rodando o meu pescoço para as 15 horas e os meus olhos noventa graus para baixo, profiro :
"Não achas que ainda és muito nova para beber café?" (planeiei começar paternalmente pelo mal menor, à guiza de quebrar o gelo e passar depois para o outro vício).
A resposta: "E ao senhor, não lhe ensinaram a não falar com a boca cheia?"
Pois, até que me ensinaram. E até me ensinaram a estar calado. A miúda era baixinha, é certo, mas tinha 40 anos, au moins. E o empregado aparentemente não apreciou ter de passar o paninho amarelo pelo balcão, de molde a remover o café involuntariamente ejectado da minha boca nano-segundos depois da resposta da menina (perdão, da senhora).

Read more...

18 de setembro de 2007

Dialogo luso italiano


Christian, mi dispiace. Ma Manuel Rui Costa, dimenticati di questa maglia e segnalo per noi, la bella curva.

Read more...

Trocadilho mimoso (e bastante piroso)

Amoriga, não fico corado.
Mas fazes da minha alma um terreno mimado.

Read more...

12 de setembro de 2007

Diálogo era com o outro

O Dalai Lama é para os mariquinhas, nós recebemos é o tipo do Zimbabué.

Read more...

Mais uma do Careca levado da b(r)eca

Não é que o nosso ilustre magistrado tenha absoluta confiança na Justiça portuguesa e ponha as mãos no fogo pela competência profissional dos seus pares (o contrário seria pecado de imodéstia, que, quando em excesso, é bem sabido, cai mal). A propósito dos tãos propalados fenómenos da lentidão e mediatização da Justiça, comenta o nosso ilustre magistrado o caso Casa Pia (antecipado pedido de desculpa ao supra mencionado por eventuais erros de transcrição):
"Ainda falta ouvir para aí umas duzentas testemunhas. Fosse eu o juiz do processo e, com o aparato mediático do caso Maddie, declararia a inutilidade superveniente da lide."
Não podia estar mais de acordo.

Read more...

O Careca levado da b(r)eca

Sob o pretexto de um aniversário, almoço com amigos de longa data. São uma verdadeira terapia, estas tertúlias.

Um de nós, cuja identidade à cautela não revelarei, não vá eu sofrer represálias, pois que a justiça é cega e não olha aos afectos, é personificação de um órgão de soberania da república.

Chegou longe, portanto, o que de todo em todo é causa de espanto para qualquer dos outros, dadas as suas qualidades intelectuais e académicas, reconhecida e consensualmente superiores às dos outros mortais convivas (sem mencionar as qualidades humanas, ibastas, mas que não vêm agora a propósito).

A ilustre carreira da magistratura que esse nosso amigo prosseguiu com tanto sucesso foi também o resultado de uma escolha em tudo adequada a alguns traços da sua personalidade. O homem tem um profundo espírito inquisitivo e nunca se fia nas afirmações de quem quer que seja, mesmo dos seus mais próximos. Exemplo.

A malta discutia as vantagens de pertencer a algumas agremiações, cuja titularidade implicaria o direito a descontos em gasolineiras e afins. O aniversariante diz que, por desleixo, não retirava qualquer proveito dos cartões de associado e que a única vez que tinha usado de descontos desse tipo teria sido com o vetusto cartão jovem.

Eis que o magistrado, usando do seu fino e rigoroso espírito cartesiano, questiona, com um sorriso malicioso nos lábios:
"Mas tu usavas o cartão jovem? Usavas em quê o cartão jovem?"
Ao que o outro, responde, não sem que transparecesse um ligeiro e irracional temor com a acutilância da questão:
"Sei lá, por exemplo, nos transportes".
"Mas quais transportes, alguma vez fizeste Inter-Rail, pá?"
"Não, isso não fiz. Mas usava nos comboios, de qualquer modo."
"O quê, usavas em que comboios, pá, daqui para Sintra e depois davam-te boleia para as Maçãs, não? Usavas lá tu cartão jovem, pá".
Cansado e arrasado, o meu amigo mais humilde deu por terminado o debate e admite nunca ter usado tal coisa.
Se a coisa é assim entre amigos, o que será nos tribunais. O casal McCann bem fez em pirar-se para a terrinha, não fora a Roda da Fortuna apontar o nosso amigo para vingar a Justiça Nacional das calúnias dos tablóides anglófonos.

Read more...

10 de setembro de 2007

Um lindo trocadalho que se me irrompeu pela cabeça adentro

Hoje um colega meu convida-me para almoçar. Mas pergunta-me se pode levar connosoco um tipo mais chato do que a Bélgica. Eu disse-lhe que ficava para outro dia, que tinha de ir a casa.

"Epá, embora lá, que o gajo, desde que a namorada o deixou, anda com a auto-estima em baixo."

Fosga-se, com esta é que fui mesmo a casa. Se ele tem problemas de auto-estima, o tipo que vá lavar o carro. Não me estraguem é o almocinho.

Read more...

Post-Templatum II



Falha minha, caro .

"Só bebe café Tenco quem é do país do flamenco."

Read more...

7 de setembro de 2007

Retalhos da vida de um consultor

Dasse, estava a ver que nunca mais chegavam as seis horas da tarde. Que é como quem diz, que nunca mais era sábado. Bom fim de semana.

Read more...

Mundial de rugby

O Grande Herói Nacional Tomaz Morais, o lusitano indómito que finalmente colocou o estandarte nacional no mapa do râguebi mundial, faz para o "Público" a apreciação individual de cada um dos atletas que defenderão as cores da pátria. Fiquei intrigado com o teor de uma delas, que me abstenho de comentar:
"David Mateus (ponta): "Um dos melhores penetradores nas áreas adversárias. Tem que ser mais agressivo a defender""

Read more...

Retalhos da vida de um consultor

Ao contrário do costume, esta não está a ser uma sexta-feira particularmente exigente do ponto de vista laboral. Ainda bem, pois que, como de costume, não me apetece fazer ponta de um corno (há-de chegar o dia em que faça um post sobre a expressão "não fazer ponta de um corno", mas hoje não me apetece). Mesmo se fosse mais uma sexta-feira exigente do ponto de vista profissional, teria de chamar o meu haltere-ego para meter as mãos à labuta. O problema é que o gajo anda assim como que para que o pesado, o haltere-ego.

Read more...

Retalhos da vida de um consultor

Hoje um gajo irritante, a meio de uma acesa discussão sobre um assunto de escassa relevância, disse-me: "Epá, não sejas teimoso, que não há verdades absolutas". Se o gajo irritante não fosse o meu chefe, teria tido tomates para responder que afirmar que não há verdades absolutas é necessariamente ter a pretensão de que há uma verdade absoluta - a da inexistência de uma verdade absoluta, não vá não ter sido absolutamente claro.

Read more...

Post-templatum

"Beba Torrié, ca ganda burrié"

Read more...

Tenham cuidado, muito cuidado!


A todos os que não têm de aturar a estopada de ler jornais económicos, e em especial ao Zé e ao Diogo, chamo a atenção para a seguinte notícia, fresquinha:
"Grupo José Maria Vieira alarga marca Torrié".
Atenção, muita atenção, que o supra mencionado grupo económico almeja estender as suas garras muito para além da Taprobana, perdão, da Zambujeira. Esta coisa pode passar a ser vendida como se tratasse de uma vulgar bica em qualquer café de Lisboa. Horror dos horrores, até já a vendem embalada, passando por café, nos supermercados da capital - onde estás tu ASAE, ainda na praia atrás das bolas de berlim?
Fiquei também a saber que o mencionado grupo económico comercializa ainda o néctar Gatão. Tudo tem a ver com tudo e anda à roda do mesmo.

Read more...

4 de setembro de 2007

Assim falou Zaratustra

Hoje aprendi um dos mandamentos do zoroastrismo: "Não abusarás da generosidade do teu próximo. A amizade não é pastilha elástica."

Read more...

3 de setembro de 2007

Uma, Uma, Uma...

Já enjoa, mas obrigado outra vez, Mónica. Bem sei que esta não era para mim, mas dá-me muito jeitinho.

Afinal nem tudo está na net. Almejava o vídeo do anúncio, fico-me pela vetusta memória.

"Com capota, sem capota, ele é jipe, é camião
Citröen Mehari!
Dá boleia, alegria, com mais imaginação,
Mehari, Citröen!"

A propos, o Diário de Lisboa não contribuiu em nada para o meu pragmatismo cínico, mas o meu pai enviou-me alegremente para um périplo pelo Leste Europeu nos idos de 1988, o que me serviu de definitivo antídoto para qualquer utopia de politburo à moda tuga.

Read more...

Jameson atravêssando o Atlântxicô

Brigado, Mônica, a CARIOCA bem-humorada. Valeu. Tem carioca mal-humorada? Sabia não.
Fica prometido o Jameson, on the rocks, para Setembro. Ou uma caipiroska. Pura lima. Ou maculada au maracujá, esticando a corda.

Read more...

  © Blogger templates The Professional Template by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP  

blogaqui?
Web Pages referring to this page
Link to this page and get a link back!