Amor de pai ou como Oscar Wilde reencarnou ontem em Lisboa
Ontem, aniversário de um tipo já graúdo, aos olhos dos progenitores ainda sempre o miúdo.
A mãe celebra a ocasião, como é de tradição lá em casa, com um belo discurso recheado de emoção, aparentemente contida dentro dos muros da eloquência, correcta construção frásica e singular ordenação de ideias.
Desafiando a mesma tradição da casa, o irmão mais novo (fedelho que, abrigado pelo escudo protector do varão aniversariante, saiu, como é dos livros, o provocador inato da família) lança o repto ao pai: discurso!
Contrariando as expectativas, este não protesta, mira o filho mais velho e profere:
"Quando te vi pela primeira vez, pensei: como é possível amar tanto um tipo que nem conheço?"
5 comments:
Ah pois é ele há coisas inexplicáveis!
Muito bom.
pê ésse: adoooro oscar wilde.
Inexplicáveis não diria: diria antes que só vividas são passíveis de explicação...
Lindo! :)
(eu tenho um irmão mais velho e confirmo o que dizes sobre os mais novos.)
Seguramente das melhores frases para definir uma relação de outra dimensão... esta vai ficar na memória... até porque já tive essa sensação por duas vezes...parabéns.
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