As segundas, de manhã
Sabes como é acordar de um sonho,
Certo de que voas
E que um amigo, que aliás
Jamais conheceste,
Voltou.
E animas-te com a ânsia, breve,
De te fazeres à estrada e de com ele
Sentires nada.
Ou ao menos domar o volante e arrastares contigo
Aqueles que amas
E sentires tudo.
Sabes como é,
Enquanto te escanhoas e contemplas
As tuas sobras no espelho,
Fazes as contas
Ao percentil dos dias,
Dos que transportas no dorso, que
Gastaste em assinar o teu nome,
E o dia começa enquanto conduzes
Dando prioridade
Aos que te conduzem,
Passada aquela fresta de hora, o momento
Solitário,
O dia ressuscita e ultrapassa-te, ele é
Aquele carro,
E mais outro
E mais outro carro.
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